Despoluição de lagoas no Rio de Janeiro começa a mudar paisagem e até a qualidade do ar

  • 25/04/2024
(Foto: Reprodução)
Essa semana ocorreu o início da maior operação de retirada de lodo e resíduos da história das lagoas da Barra e de Jacarepaguá, uma obra esperada há mais de uma década. Depois de mais de dez anos de espera, começa dragagem de lagoas da Barra e Jacarepaguá, no Rio No Rio de Janeiro, uma obra esperada há mais de uma década começa a mudar até a qualidade do ar dos moradores. Uma das paisagens mais deslumbrantes do Rio de Janeiro fica exatamente na região que mais cresceu nas últimas décadas, um crescimento desordenado que transformou as lagoas da Zona Oeste da cidade em um gigantesco depósito de lixo e esgoto sem tratamento. Mas essa situação começou a mudar essa semana, quando foram feitas as primeiras imagens do início da maior operação de retirada de lodo e resíduos da história das lagoas da Barra e de Jacarepaguá. O acúmulo de sedimentos deixou boa parte das lagoas bem rasa, com profundidade de, no máximo, 30 centímetros. Uma escavadeira anfíbia, que se movimenta sobre a lama, eleva em até 2,5 metros a profundidade do canal, o suficiente para abrir caminho para a passagem de máquinas e equipamentos pesados que já estão posicionados próximo à base de operações. Na primeira fase da operação serão removidas, com a ajuda da escavadeira anfíbia, 1.700 toneladas de lodo por dia. Serão jogadas nas margens. 20 dias é o prazo pra desobstruir esse canal que dá para a Lagoa do Camorim, totalizando 34 mil toneladas dessa lama fétida, com cheiro de ovo podre, para que a dragagem propriamente seja feita onde há mais poluição, mais lodo acumulado. A previsão é que, nos próximos três anos, seja removida uma quantidade de lodo suficiente para encher 970 piscinas olímpicas. A maior parte desse material será lançada em cavas de até 13 metros de profundidade que foram abertas nas próprias lagoas, anos atrás. "Esse material presente na lagoa foi utilizado como jazida para fazer o aterramento de grandes áreas, para que essa expansão urbana pudesse acontecer", explica Lucas Arrosti, diretor de operações da Iguá Rio. Lodo retirado do fundo das lagoas da Barra e de Jacarepaguá JN A parte mais contaminada do lodo, que corresponde a aproximadamente 5% do total, será levada para aterros sanitários. Além da dragagem, a concessionária de água e esgoto é obrigada, por contrato, a impedir o lançamento de 47 milhões de litros de esgoto por dia nas lagoas. A despoluição chega com um atraso de pelo menos uma década. Era para ser um legado olímpico dos Jogos do Rio, mas nunca saiu do papel. Além do saneamento básico, 165 mil mudas de espécies nativas de mangue estão sendo plantadas na região, e já modificaram a paisagem . "Está melhorando a qualidade do ar e incremento da biodiversidade. Os animais tem aí área de reprodução, alimentação, de vida", festeja o biólogo Mario Moscatelli. São R$ 250 milhões em investimentos no projeto de despoluição. A previsão é de que, daqui a três anos, seja possível mudar a qualidade da água das lagoas. "Podendo ser utilizada até para lazer e esportes aquáticos com contatos primários. Quer dizer, mergulho, natação, kyte surf, vela", enumera Lucas Arrosti. Em outro cartão postal da cidade, a Lagoa Rodrigo de Freitas, os efeitos das obras de despoluição já são visíveis e foram registrados pelo mergulhador Ricardo Gomes, diretor do Instituto Mar Urbano. "Tenho visto acará, tilápia, robalo, peixe rei, capivara. Eu vi uma capivara aqui nesta terça, passando embaixo da água aqui, nadando; e dezenas de espécies de aves que voltaram. A gente depende da água, né? A Lagoa faz parte desses nossos ecossistemas marinhos que a gente tem aqui. Preservar a Lagoa é muito simbólico, né? É como se a gente estivesse preservando a nossa própria saúde", afirma. LEIA TAMBÉM: Esgoto provoca poluição das águas da Lagoa da Tijuca, Zona Oeste do Rio Poluição aumenta no sistema lagunar de Jacarepaguá e biólogo alerta para risco de 'bomba-relógio ambiental' VÍDEO: jacaré é encontrado morto dentro de pneu na Lagoa de Jacarepaguá

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/04/25/despoluicao-de-lagoas-no-rio-de-janeiro-comeca-a-mudar-paisagem-e-ate-a-qualidade-do-ar.ghtml


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